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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Psicopedagogia não é pseudociência



A Psicopedagogia não é pseudociência, pois o significado de Pseudociência (s.f. Saber organizado que carece do rigor de uma ciência). Definição de Pseudociência - Classe gramatical de pseudociência: Substantivo feminino. Separação das sílabas de pseudociência: pseu-do-ci-ên-cia.  Exemplos de situações em que se incorpora conceitos de pseudociência na visão da “Imprensa leiga”:

“No seriado, MacGyver era membro da misteriosa fundação Fênix e se recusava a usar armas de fogo por causa de um trauma de infância. A cada episódio o herói usava um canivete e improvisava soluções com objetos impróprios, usando muita criatividade e pseudociência. Nos Estados Unidos a pratica acabou conhecida como "MacGyverismo". Folha de São Paulo, 23/01/2010”(...)
“Um dos temas recorrentes desta coluna, que mantenho há 13 anos, tem sido a distinção entre ciência e pseudociência. Já perdi as contas de quantas vezes falei mal de homeopatia, design inteligente, ufologia, psicanálise e outras formas de religião travestidas de tecidos sapientes. Folha de São Paulo, 12/04/2012”

A Psicopedagogia é Protociência. Ciência em estágio primário de evolução, que tem como conteúdo especulações ou hipóteses ainda não testadas adequadamente, mas que busca o reconhecimento da comunidade científica. Na filosofia da ciência, a terminação protociência se usa para descrever uma nova área de esforço científico em processo de consolidação. Às vezes, alguns cientístas se referem estes esforços como ciências patologicas. Protociência é uma terminologia às vezes usado para descrever uma hipótese que ainda não foi comprovada adequadamente pelo método científico.
Campos de Influência.
A partir de dois campos dos saberes práticos e teóricos se constrói às bases metodológicas da Psicopedagogia, são essas: a pedagogia e a psicologia. O objeto de estudo do pedagogo e da pedagogia é a EDUCAÇÃO, o Processo Ensino e Aprendizagem, a ação cultural do educador em intervir e/ou de transmitir tecnicamente "o conhecimento", de forma sedutora, significativa e em comunhão com a realidade social, o perfil e a história de vida do educando, o conhecimento e a informação e a dimensão cognitiva do educando ao perceber, aprender, apreender e se apropriar de forma crítico-reflexivo do conhecimento e das informações transmitidas pela percepção pessoal de observador ou de sujeito da intervenção formativo-educativa da qual foi sujeito, a sua acomodação junto aos conhecimentos anteriormente existentes e sua capacidade de aplicá-los à realidade social vivido-compartilhada enquanto ser social e cidadão. Logo, o sujeito da Pedagogia é o ser humano enquanto educando. O pedagogo não possui quanto ao seu objeto de estudo um conteúdo intrinsecamente próprio, mas um domínio próprio (a educação), e um enfoque próprio (o educacional), que lhe assegurara seu caráter científico. Como todo cientista da área sócio-humana, o pedagogo se apóia na reflexão e na prática para conhecer o seu objeto de estudo e produzir algo novo na sistemática mesma da Pedagogia. Tem ele como intuito primordial o refletir acerca dos fins últimos do fenômeno educativo e fazer a análise objetiva das condições existenciais e funcionais desse mesmo fenômeno. Apesar de o campo educativo ser lato em sua abrangência, estritamente são as práticas escolares que constituem seu enfoque principal no seu olhar epistêmico, embora a ação não-escolar venha ganhando, contemporaneamente, espaço significativo na ação e atuação do pedagogo. O objeto de estudo do pedagogo compreende os processos formativos que atuam por meio da comunicação e intercâmbio da experiência humana acumulada. Estuda a educação como prática humana e social naquilo que modifica os indivíduos e os grupos em seus estados físicos, mentais, espirituais e culturais. Portanto, o pedagogo estuda o processo de transmissão do conteúdo da mediação cultural (ensino) que se torna o patrimônio da humanidade e a realização nos sujeitos da humanização plena e o processo pelo qual a apropriação desse conteúdo ocorre (aprendizagem). No plano das idéias, o grego Platão (427-347 a.C.) foi de fato o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo, mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. Para ele, o objeto da educação era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. Nesse terreno fértil das experiências humanas se inclui como suportes de intepretação do “ser” a  Psicanálise, Llingüística, Semiótica, Neuropsicológica, Psicofisiologia, Filosofia humanista-existencial, bases da Medicina, etc. A psicopedagogia está intimamente ligada à psicologia educacional, da qual uma parte aplicada à prática no entendimento da *Dra. Nadia Aparecida Bossa em entrevista a Psicopedagogia online (Acessado em 7 de outubro de 2012).
Diferenciações.
Psicopedagogia embora vinculadas indiretamente algumas escolas dos terrenos comentados no parágrafo anterior(Pedagogia, Psicologia, Psicanálise, Llingüística, Semiótica, Neuropsicológica, Psicofisiologia,etc)ela se diferencia da pedagogia e da psicologia escolar.  A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). No decurso da história do Ocidente, a Pedagogia firmou-se como correlato da educação é a ciência do ensino. Entretanto, a prática educativa é um fato social, cuja origem está ligada à da própria humanidade. A compreensão do fenômeno educativo e sua intervenção intencional fez surgir um saber específico que modernamente associa-se ao termo pedagogia. Assim, a indissociabilidade entre a prática educativa e a sua teorização elevou o saber pedagógico ao nível científico. Com este caráter, o pedagogo passa a ser, de fato e de direito, investido de uma função reflexiva, investigativa e, portanto, científica do processo educativo. Autoridade que não pode ser delegada a outro profissional, pois o seu campo de estudos possui uma identidade e uma problemática própria. A história levou séculos para conferir o status de cientificidade à atividade dos pedagogos apesar de a problemática pedagógica estar presente em todas as etapas históricas a partir da Antiguidade. O termo pedagogo, como é patente, surgiu na Grécia Clássica, da palavra παιδαγωγός cujo significado etimológico é preceptor, mestre, guia, aquele que conduz; era o escravo que conduzia os meninos até o paedagogium . No entanto, o termo pedagogia, designante de um fazer escravo na Hélade, somente generalizou-se na acepção de elaboração consciente do processo educativo a partir do século XVIII, na Europa Ocidental. Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação e que, por parte do MEC - Ministério da Educação e Cultura, é um curso que cuida dos assuntos relacionados à Educação por excelência, portanto se trata de uma Licenciatura, cuja grade horário-curricular atual estipulada pelo MEC confere ao pedagogo, de uma só vez, as habilitações em educação infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, coordenação educacional, gestão escolar, orientação pedagógica, pedagogia social e supervisão educacional, sendo que o pedagogo também pode, em falta de professores, lecionar as disciplinas que fazem parte do Ensino Fundamental e Médio, além se dedicar à área técnica e científica da Educação, como por exemplo, prestar assessoria educacional. Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos básicos: disciplinas filosóficas, disciplinas científicas e disciplinas técnico-pedagógicas. A psicologia escolar é uma subdisciplina ou especialização da psicologia educacional, sob alguns aspectos materiais e teóricos, que podemos comentar: 1 - quanto à atuação - a psicologia escolar é uma área propriamente psicológica enquanto a psicopedagogia é uma área plenamente interdisciplinar, tanto psicológica como pedagógica; 2 - quanto à formação - a psicologia escolar é uma especialização na área de psicologia, enquanto a psicopedagogia é aberta a profissionais de diferentes áreas; 3 - Quanto à origem - a psicologia escolar surgiu para compreender as causas do fracasso de certas crianças no sistema escolar enquanto a psicopedagogia surgiu para o tratamento de determinadas dificuldades de aprendizagem específicas.  

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